O Rato do Campo e o Rato da Cidade
Jean de La Fontaine
O Rato do Campo convidou o seu amigo da cidade para gozar durante alguns dias os bons ares do campo. O Rato da Cidade aceitou.
Quando estavam a esgaravatar a terra à procura de comida, o Rato da Cidade disse ao amigo:
— Vives uma vida cheia de dificuldades e de trabalhos. Eu, na minha casa, vivo na abundância e estou rodeado de conforto e de luxo.
Se quiseres vir comigo, partilho contigo tudo isso.
O Rato do Campo ficou maravilhado com a ideia e aceitou.
Quando chegaram, o Rato da Cidade pôs à frente do amigo muitas iguarias:
pão, feijões, figos secos, mel, uvas e um grande bocado de queijo que retirou de um cesto.
— Realmente tens razão! – Exclamou o Rato do , encantado com tanta comida obtida sem trabalho.
– Julgava que a minha vida no campo era boa, mas agora vejo que, afinal, vivo na penúria.
Dito isto, estendeu o focinho, pronto para abocanhar o naco de queijo.
Foi então que alguém abriu a porta.
Assustados, correram o mais depressa que puderam e esconderam-se num buraquinho tão pequeno que mal tinham espaço para respirar.
Quando o perigo passou prepararam-se para recomeçar a refeição. Pouca sorte! Voltou a entrar alguém na sala que não os pisou por um triz…
Assustado e cheio de fome, o Rato do Campo disse ao amigo:
– Apesar de me teres preparado um festim, tenho que me ir embora.
Há aqui demasiados perigos: prefiro esgaravatar no campo a minha comida e viver em segurança e sem medo.
La Fontaine escreveu fábulas baseadas noutras de tradição clássica (Esopo e Fedro) e normalmente contêm críticas à sociedade do seu tempo.
Fonte: https://www.lapismagico.com/fabulas/rato-campo-rato-cidade/
❤️🐾 @lepramim
Jean de La Fontaine
O Rato do Campo convidou o seu amigo da cidade para gozar durante alguns dias os bons ares do campo. O Rato da Cidade aceitou.
Quando estavam a esgaravatar a terra à procura de comida, o Rato da Cidade disse ao amigo:
— Vives uma vida cheia de dificuldades e de trabalhos. Eu, na minha casa, vivo na abundância e estou rodeado de conforto e de luxo.
Se quiseres vir comigo, partilho contigo tudo isso.
O Rato do Campo ficou maravilhado com a ideia e aceitou.
Quando chegaram, o Rato da Cidade pôs à frente do amigo muitas iguarias:
pão, feijões, figos secos, mel, uvas e um grande bocado de queijo que retirou de um cesto.
— Realmente tens razão! – Exclamou o Rato do , encantado com tanta comida obtida sem trabalho.
– Julgava que a minha vida no campo era boa, mas agora vejo que, afinal, vivo na penúria.
Dito isto, estendeu o focinho, pronto para abocanhar o naco de queijo.
Foi então que alguém abriu a porta.
Assustados, correram o mais depressa que puderam e esconderam-se num buraquinho tão pequeno que mal tinham espaço para respirar.
Quando o perigo passou prepararam-se para recomeçar a refeição. Pouca sorte! Voltou a entrar alguém na sala que não os pisou por um triz…
Assustado e cheio de fome, o Rato do Campo disse ao amigo:
– Apesar de me teres preparado um festim, tenho que me ir embora.
Há aqui demasiados perigos: prefiro esgaravatar no campo a minha comida e viver em segurança e sem medo.
La Fontaine escreveu fábulas baseadas noutras de tradição clássica (Esopo e Fedro) e normalmente contêm críticas à sociedade do seu tempo.
Fonte: https://www.lapismagico.com/fabulas/rato-campo-rato-cidade/
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Você vai sentir falta
Química de mãe
Você vai sentir falta da barriga
Você vai sentir falta de amamentar
Você também sentirá falta daquela mãozinha tão pequena segurando a ponta do seu dedo
Você vai sentir falta de dar banho
Você vai sentir falta de dar colo
Você também sentirá falta das noites em que foi acordada pra dividir a cama
Você vai sentir falta do cheirinho dele
Você vai sentir falta de dar comida
Você vai sentir falta da época em que ele fazia questão da sua companhia
Você também sentirá falta dos abraços espontâneos
Você vai sentir falta da companhia no banheiro
Você vai sentir falta de ser a primeira a saber de tudo
Você também sentirá falta dos brinquedos espalhados pela casa
Você vai sentir falta de tudo isso um dia, então aproveite o agora, porque a falta não traz de volta...
https://v.helo-app.com/al/RTbyvhMr
❤️🐾 @lepramim
Química de mãe
Você vai sentir falta da barriga
Você vai sentir falta de amamentar
Você também sentirá falta daquela mãozinha tão pequena segurando a ponta do seu dedo
Você vai sentir falta de dar banho
Você vai sentir falta de dar colo
Você também sentirá falta das noites em que foi acordada pra dividir a cama
Você vai sentir falta do cheirinho dele
Você vai sentir falta de dar comida
Você vai sentir falta da época em que ele fazia questão da sua companhia
Você também sentirá falta dos abraços espontâneos
Você vai sentir falta da companhia no banheiro
Você vai sentir falta de ser a primeira a saber de tudo
Você também sentirá falta dos brinquedos espalhados pela casa
Você vai sentir falta de tudo isso um dia, então aproveite o agora, porque a falta não traz de volta...
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ausência
carlos drummond de andrade
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
❤️🐾 @lepramim
carlos drummond de andrade
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
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Me consola, moço.
Fala uma frase, feita com o meu nome,
Para que ardam os crisântemos
E eu tenha um feliz Natal!...
Adélia Prado
❤️🐾 @lepramim
Fala uma frase, feita com o meu nome,
Para que ardam os crisântemos
E eu tenha um feliz Natal!...
Adélia Prado
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Falavam-me de Amor
Natália Correia
Quando um ramo de doze badaladas
se espalhava nos móveis e tu vinhas
solstício de mel pelas escadas
de um sentimento com nozes e com pinhas,
menino eras de lenha e crepitavas
porque do fogo o nome antigo tinhas
e em sua eternidade colocavas
o que a infância pedia às andorinhas.
Depois nas folhas secas te envolvias
de trezentos e muitos lerdos dias
e eras um sol na sombra flagelado.
O fel que por nós bebes te liberta
e no manso natal que te conserta
só tu ficaste a ti acostumado.
fonte https://www.revistaprosaversoearte.com/12-poemas-de-natal-escolha-o-seu/
❤️🐾 @lepramim
Natália Correia
Quando um ramo de doze badaladas
se espalhava nos móveis e tu vinhas
solstício de mel pelas escadas
de um sentimento com nozes e com pinhas,
menino eras de lenha e crepitavas
porque do fogo o nome antigo tinhas
e em sua eternidade colocavas
o que a infância pedia às andorinhas.
Depois nas folhas secas te envolvias
de trezentos e muitos lerdos dias
e eras um sol na sombra flagelado.
O fel que por nós bebes te liberta
e no manso natal que te conserta
só tu ficaste a ti acostumado.
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Último Poema
Eugénio de Andrade
É Natal, nunca estive tão só.
Nem sequer neva como nos versos
do Pessoa ou nos bosques
da Nova Inglaterra.
Deixo os olhos correr
entre o fulgor dos cravos
e os dióspiros ardendo na sombra.
Quem assim tem o verão
dentro de casa
não devia queixar-se de estar só,
não devia.
fonte https://www.revistaprosaversoearte.com/12-poemas-de-natal-escolha-o-seu/
❤️🐾 @lepramim
Eugénio de Andrade
É Natal, nunca estive tão só.
Nem sequer neva como nos versos
do Pessoa ou nos bosques
da Nova Inglaterra.
Deixo os olhos correr
entre o fulgor dos cravos
e os dióspiros ardendo na sombra.
Quem assim tem o verão
dentro de casa
não devia queixar-se de estar só,
não devia.
fonte https://www.revistaprosaversoearte.com/12-poemas-de-natal-escolha-o-seu/
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Natal Divino
Miguel Torga
Natal divino ao rés-do-chão humano,
Sem um anjo a cantar a cada ouvido.
Encolhido
À lareira,
Ao que pergunto
Respondo
Com as achas que vou pondo
Na fogueira.
O mito apenas velado
Como um cadáver
Familiar…
E neve, neve, a caiar
De triste melancolia
Os caminhos onde um dia
Vi os Magos galopar…
fonte https://www.revistaprosaversoearte.com/12-poemas-de-natal-escolha-o-seu/
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Miguel Torga
Natal divino ao rés-do-chão humano,
Sem um anjo a cantar a cada ouvido.
Encolhido
À lareira,
Ao que pergunto
Respondo
Com as achas que vou pondo
Na fogueira.
O mito apenas velado
Como um cadáver
Familiar…
E neve, neve, a caiar
De triste melancolia
Os caminhos onde um dia
Vi os Magos galopar…
fonte https://www.revistaprosaversoearte.com/12-poemas-de-natal-escolha-o-seu/
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