'Antitrabalho': o movimento que ganhou força na pandemia e se espalha por comunidades online
Após dois anos de pandemia, os trabalhadores de todo o mundo estão cansados. Problemas de saúde mental e burnout são comuns, particularmente entre os trabalhadores essenciais e com salários mais baixos. Esse período prolongado de incertezas fez com que muitos deles repensassem a forma como seus empregadores tornavam as coisas piores - e o número de trabalhadores deixando seus empregos em busca de melhores opções vem batendo recordes em muitos países.
Mas algumas pessoas estão indo além, perguntando-se se existe algum propósito para o seu trabalho, ou para o próprio sistema econômico. Essas pessoas são parte do movimento "antitrabalho", que busca romper com a ordem econômica que sustenta o ambiente de trabalho moderno.
Ver também: Fenômeno da grande resignação chega ao Brasil
Livros recomendados: A Recusa do Trabalho | Sexta-feira É o Novo Sábado | Infoproletariado | Outros, originalmente em inglês (mas podem fazer buscas pelos autores e encontrar traduções em português)
Telegram: Canal Trabalho
Grupos na rede social Reddit: Antitrampo (em português, Brasil) | Reduzir carga horária (em português, Brasil) | Antiwork (em inglês) | Jovem e dinâmica (em português, Portugal) | Vaya Curro (en español, España) | Work Reform | Abolish Wage Labor Now | Rethink work | Antitaff (em francês) | Tegenwerken (Países Baixos) | Antiwork Slovenia | Antiwork Reino Unido | Antiwork Filipinas (em inglês) | Antiwork Italy
Após dois anos de pandemia, os trabalhadores de todo o mundo estão cansados. Problemas de saúde mental e burnout são comuns, particularmente entre os trabalhadores essenciais e com salários mais baixos. Esse período prolongado de incertezas fez com que muitos deles repensassem a forma como seus empregadores tornavam as coisas piores - e o número de trabalhadores deixando seus empregos em busca de melhores opções vem batendo recordes em muitos países.
Mas algumas pessoas estão indo além, perguntando-se se existe algum propósito para o seu trabalho, ou para o próprio sistema econômico. Essas pessoas são parte do movimento "antitrabalho", que busca romper com a ordem econômica que sustenta o ambiente de trabalho moderno.
Ver também: Fenômeno da grande resignação chega ao Brasil
Livros recomendados: A Recusa do Trabalho | Sexta-feira É o Novo Sábado | Infoproletariado | Outros, originalmente em inglês (mas podem fazer buscas pelos autores e encontrar traduções em português)
Telegram: Canal Trabalho
Grupos na rede social Reddit: Antitrampo (em português, Brasil) | Reduzir carga horária (em português, Brasil) | Antiwork (em inglês) | Jovem e dinâmica (em português, Portugal) | Vaya Curro (en español, España) | Work Reform | Abolish Wage Labor Now | Rethink work | Antitaff (em francês) | Tegenwerken (Países Baixos) | Antiwork Slovenia | Antiwork Reino Unido | Antiwork Filipinas (em inglês) | Antiwork Italy
BBC News Brasil
'Antitrabalho': o movimento que ganhou força na pandemia e se espalha por comunidades online
Período prolongado de incertezas durante lockdown fez com que muitos passassem a questionar propósito de seu trabalho e o próprio sistema econômico.
Todos deveriam trabalhar menos para que todos possam trabalhar
"Especialistas acreditam que nas próximas décadas boa parte do trabalho remunerado realizado por humanos passará a ser feito por máquinas. Governos começam a pensar em políticas públicas para essa nova realidade. Temas como a renda básica universal despontam como possível solução para manter a economia rodando em um cenário onde os empregos se tornarem escassos. Os pesquisadores oferecem outras sugestões que poderiam ser aplicadas. Basicamente, eles sugerem que todos deveriam trabalhar menos, para que todos tenham a oportunidade de trabalhar. Fins de semana de cinco dias, poucas horas de trabalho diário ou dois meses de férias para cada mês de labuta poderiam dar conta do recado."
Ver também: Sexta-feira É o Novo Sábado | Os motivos pelos quais sua jornada de trabalho deveria ser mais curta | Automação: como é e como deveria ser | À mineira: Inteligencia artificial está silenciosamente papando a força de trabalho mundial com automação
"O que enfrentamos no capitalismo contemporâneo é uma situação perversa na qual os trabalhadores melhor qualificados têm que suportar jornadas intermináveis, enquanto mais e mais pessoas sofrem porque sua força de trabalho não é mais útil para gerar lucro privado. Estas últimas se encontram completamente desempregadas, ou servem como um exército de reserva de trabalhadores mal remunerados e inseguros para setores que desejam poder ajustar seu quadro de funcionários de acordo com as flutuações da demanda. Um dos objetivos da política de redução da carga horária seria abordar a má distribuição do emprego, distribuindo o trabalho disponível mais equitativamente entre a população. Todos nós deveríamos trabalhar menos para que todos possamos trabalhar, e para que todos nós nos beneficiemos de um aumento do tempo livre." David Frayne; A Recusa do Trabalho
E ainda: Riqueza é tempo disponível – e nada mais
"Especialistas acreditam que nas próximas décadas boa parte do trabalho remunerado realizado por humanos passará a ser feito por máquinas. Governos começam a pensar em políticas públicas para essa nova realidade. Temas como a renda básica universal despontam como possível solução para manter a economia rodando em um cenário onde os empregos se tornarem escassos. Os pesquisadores oferecem outras sugestões que poderiam ser aplicadas. Basicamente, eles sugerem que todos deveriam trabalhar menos, para que todos tenham a oportunidade de trabalhar. Fins de semana de cinco dias, poucas horas de trabalho diário ou dois meses de férias para cada mês de labuta poderiam dar conta do recado."
Ver também: Sexta-feira É o Novo Sábado | Os motivos pelos quais sua jornada de trabalho deveria ser mais curta | Automação: como é e como deveria ser | À mineira: Inteligencia artificial está silenciosamente papando a força de trabalho mundial com automação
"O que enfrentamos no capitalismo contemporâneo é uma situação perversa na qual os trabalhadores melhor qualificados têm que suportar jornadas intermináveis, enquanto mais e mais pessoas sofrem porque sua força de trabalho não é mais útil para gerar lucro privado. Estas últimas se encontram completamente desempregadas, ou servem como um exército de reserva de trabalhadores mal remunerados e inseguros para setores que desejam poder ajustar seu quadro de funcionários de acordo com as flutuações da demanda. Um dos objetivos da política de redução da carga horária seria abordar a má distribuição do emprego, distribuindo o trabalho disponível mais equitativamente entre a população. Todos nós deveríamos trabalhar menos para que todos possamos trabalhar, e para que todos nós nos beneficiemos de um aumento do tempo livre." David Frayne; A Recusa do Trabalho
E ainda: Riqueza é tempo disponível – e nada mais