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TRIBUTAR DIVIDENDOS = MAIOR INFLAÇÃO

A tributação de dividendos aprovada na Câmara terá efeitos significativos na economia. É ingênuo supor que não haverá impacto, já que qualquer mudança nessa área afeta o comportamento de investidores, a dinâmica de investimentos e, em última instância, a inflação.

Investidores aplicam capital em busca de dividendos futuros. Se o governo eleva a carga sobre eles, o cálculo de risco-retorno muda. A remuneração líquida menor reduz a atratividade do investimento produtivo, levando investidores a buscar alternativas como renda fixa, imóveis ou consumo imediato. Esse desvio de recursos compromete o ciclo de investimentos, afetando emprego e renda.

As empresas também reagem. Com mais impostos sobre dividendos, tendem a reter lucros ou alterar políticas de distribuição. Isso pode financiar reinvestimentos, mas, em contextos de baixa confiança, os recursos acabam destinados a reservas, recompras de ações ou amortização de dívidas, e não à expansão. Assim, reduz-se o ímpeto de investimentos produtivos.

Com menos capital em setores produtivos, a oferta futura de bens e serviços se expande mais devagar. Em cenário de demanda estável ou crescente, essa restrição pressiona os preços. Lógica básica da inflação: mais dinheiro competindo por menos bens.

Além disso, a percepção de que o Estado captura maior parte do retorno reduz o incentivo à poupança e ao risco. Em um país com baixa taxa de poupança, como o Brasil, isso é preocupante. Parte do capital migra para consumo imediato, aumentando a demanda corrente sem crescimento proporcional da oferta, o que também gera inflação.

No macro, a tributação de dividendos muda a composição da economia: menos recursos em setores produtivos e mais em consumo e preservação de valor. A médio e longo prazo, isso significa menor produtividade, crescimento mais lento e inflação estruturalmente maior.

Defensores da medida alegam justiça fiscal ao tributar a renda do capital. Mas o risco é claro: ao reduzir o retorno líquido, enfraquece-se o motor do investimento produtivo. O resultado pode ser o oposto do desejado: em vez de redistribuir riqueza, a medida amplia a inflação, desestimula investimentos, reduz empregos e corrói o poder de compra da população.

-Tiago Reis
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2025/10/24 11:06:19
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