Filho, se decidires servir o Senhor, permanece na justiça e no temor e prepara a tua alma para a provação. 2 Mantém o teu coração firme e sê constante, inclina teu ouvido e acolhe as palavras de inteligência, e não te assustes no momento da contrariedade. 3 Suporta as demoras de Deus, agarra-te a ele e não o deixes, para que sejas sábio em teus caminhos. 4 Tudo o que te acontecer, aceita-o, e sê constante na dor; e nas contrariedades de tua pobre condição, sê paciente. 5 Pois é no fogo que o ouro e a prata são provados e, no cadinho da humilhação, os homens agradáveis a Deus. 6 Crê em Deus, e ele cuidará de ti; endireita os teus caminhos e espera nele. Conserva o seu temor, e nele envelhecerás. 7 Vós que temeis o Senhor, contai com a sua misericórdia e não vos desvieis, para não cair. 8 Vós, que temeis o Senhor, confiai nele, e a recompensa não vos faltará. 9 Vós, que temeis o Senhor, esperai coisas boas: alegria duradoura e misericórdia. 10 Vós, que temeis o Senhor, amai-o, e vossos corações ficarão iluminados. 11 Considerai, filhos, as gerações passadas e vede: Quem confiou no Senhor e ficou desiludido? 12 Quem permaneceu nos seus mandamentos e foi abandonado? Quem o invocou e foi por ele desprezado? 13 Pois o Senhor é compassivo e misericordioso, perdoa os pecados no tempo da tribulação, e protege a todos os que o procuram com sinceridade

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

O Carnaval e Satanás

Para os que incrivelmente ainda duvidassem, o vídeo do carnavalesco Milton Cunha que viralizou nesta semana assumindo a ligação do Carnaval com a macumba não deixou mais nenhuma dúvida. Mesmo assim, sem falar dos que ainda pensam tratar-se de uma festa que pode ser neutra se "observada a boa moral e a festinha em família etc", o Carnaval não é apenas a ostentação de pecados e imoralidades. Ele é o próprio culto diabólico em sua literalidade considerando o apoio e a proteção que o satanismo goza do próprio poder público. Não estou falando do dinheiro público, mas do ordenamento jurídico. Proibir os católicos de afirmarem que as religiões de matriz africanas são formas de paganismo, que no fundo é o mesmo que satanismo, é uma evidência desse culto oficial que hoje se professa no chamado "estado laico", que sob o pretexto da "liberdade religiosa", persegue exclusivamente os cristãos.

Os macumbeiros — e eles se orgulham deste nome — dizem que chama-los de satanistas é intolerância religiosa. Mas por que? Por acaso é realmente ofensivo a eles o termo? Se eles realmente são apóstolos da liberdade religiosa, ofender-se com isso é óbvio desrespeito aos satanistas assumidos e identificados pelo nome do pai da mentira. Ano passado, no Rio Grande do Sul, os discípulos de um culto abertamente satânico reivindicaram um terreno para a construção de um templo sob o pretexto da liberdade religiosa. Ora, esses satanistas deveriam entrar com ação contra os macumbeiros por eles se sentirem tão ofendidos pela alcunha supostamente falsa. Mas o fato é que não é falsa. Podemos usar termos como paganismo, que é também exato, mas eufemístico. O termo correto é satanismo, assim como todos os cultos e crenças filhas do gnosticismo, o que inclui até mesmo o ateísmo moderno. Nunca é demais relembrar o que está contido na Sagrada Escritura (Salmos 95, 5): “Omnes dii gentium dæmonia” – todos os deuses dos pagãos são demônios. Isso inclui tanto o deus ateu do nada, um demiurgo oculto da danação pela matéria, assim como as forças espirituais dos daemon, inteligências sutis ou orixás. Não é preciso argumentar muito para ficar isso evidente. A dificuldade está no medo que os católicos têm de provocarem a ira do estado satânico, que os acusará de intolerância religiosa. Um medo até legítimo, lícito em se tratando do nosso instinto de sobrevivência, mas relativamente baixo se colocado diante da coragem de tantos santos que afirmaram a verdade apesar das suas perigosas consequências.

Não é apenas o carnaval que ofende a Deus, mas o silêncio temeroso dos que preferem agradar o mundo ou conciliar a verdade com certa "margem de segurança".

Infelizmente muitos protestantes, quando se convertem ao catolicismo, mantém uma forma adaptada de combate à Santa Igreja, travestida muitas vezes de ortodoxia exemplar, zelo pela pureza doutrinária etc, que os leva mais facilmente a focar seus combates ao clero e na hierarquia muito mais do que outros aspectos. É uma tentação permanente dos que muitas vezes cresceram numa doutrina de rebelião espiritual igualitária, na qual não há superioridade hierárquica e que ela mesma é o problema. Se isso ficasse apenas nos ex protestantes não seria tão grave. O problema é a transmissão desse ódio à hierarquia aos próprios católicos, que passam a imaginar uma igreja purificada que só encontra voz no leigo.

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O Kremlin compra as consciências que já se venderam há muito tempo

A compra de jornalistas por parte da Rússia, noticiada pela Crusoé, mal foi noticiada pela direita. Isso porque o Kremlin chegou à Crusoé depois de colonizar grande parte das consciências ditas conservadoras, seja pelos dólares, seja pelo constrangimento e silêncios temerosos. Mas um fato ainda determina grande parte dessa indiferença: o desconhecimento.

O curso Raízes Espirituais do Globalismo e Eurasianismo mostra a identidade profunda entre as agendas ocidentais e eurasianas, o que envolve e explica a atuação dos agentes globais na direção de uma nova face da antiga proposta da Nova Ordem Mundial. Todos os conservadores estão desafiados a atualizar suas definições de esquerda e direita ou serem tragados e convertidos em mão-de-obra barata das agendas globais. É claro que para muitos é bem mais fácil receber dinheiro da Rússia para repetir chavões que, no fundo, até acreditará facilmente, dado o impacto da máquina de desinformação russa atuante na cultura desde os anos 50 e que só agora pôde apresentar-se como discurso geopolítico. Não foi por outra razão que este curso chamou a atenção quando surgiu: ele acabava entregando um esquema sutil que, aos poucos, tem ganhado a relevância de verdadeiro discurso mainstream na direita.

Estou ofertando novamente o curso porque ele não apenas continua atual, mas além de ter antecipado o que viria a ocorrer, ainda conta com diversas previsões do que está por vir.

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"Senhor, por que me abandonastes?"

Na frase que muitos interpretam como símbolo da humanidade de Cristo, do seu sofrimento e até lançando suposta dúvida sobre Deus, Cristo, na verdade, busca se referir ao Salmo 21, escrito pelo menos mil anos antes do seu nascimento e que antecipa, passo a passo, o evento da Crucificação, morte e Ressurreição de Nosso Senhor. Nele, Jesus quis indicar o que iria acontecer. Esta frase, longe de ser uma mera reação de descrença (como dizem alguns) do próprio Cristo em relação a Deus, é a afirmação da certeza inabalável e a ligação mais direta da Profecia, sinal claro da única e verdadeira religião que estava nascendo naquele exato instante.

Eis o Salmo, que indica o que Cristo estava dizendo naquela curta e simples frase no alto da Cruz:

1. Ao mestre de canto. Segundo “A corça da aurora”. Salmo de Davi.

2. Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?
Por que se acham longe de mim a salvação e as palavras de meu clamor?

3. Meu Deus, clamo de dia, e não me respondes,
de noite, e não encontro descanso.

4. E, no entanto, tu és o Santo,
que habitas no meio dos louvores de Israel.

5. Em ti confiaram nossos pais,
confiaram, e os livraste.

6. A ti clamaram, e foram salvos,
em ti confiaram, e não foram confundidos.

7. Quanto a mim, sou verme e não homem,
zombaria dos homens e desprezo do povo.

8. Todos os que me veem zombam de mim,
arreganham os lábios, sacodem a cabeça:

9. “Confiou no Senhor, que ele o liberte;
que o salve, se é dele o seu amigo!”

10. Foste tu que me tiraste do seio materno,
e me fizeste repousar seguro nos braços de minha mãe.

11. Desde o seio materno fui confiado a ti,
desde o ventre de minha mãe, tu és o meu Deus.

12. Não te afastes de mim, pois a angústia está perto,
e não há quem me ajude.

13. Muitos touros me cercam,
touros de Basã me rodeiam.

14. Contra mim abrem a boca,
como leão que dilacera e ruge.

15. Como água me derramo,
e todos os meus ossos se desconjuntam.
Meu coração tornou-se como cera,
derrete-se dentro do meu peito.

16. Minha garganta está seca como um caco,
minha língua se cola ao paladar.
Deitas-me no pó da morte.

17. Cães me rodeiam,
uma turba de malfeitores me cerca.
Traspassaram minhas mãos e meus pés.

18. Posso contar todos os meus ossos.
Eles me observam e me encaram.

19. Repartem entre si as minhas vestes,
e sobre minha túnica lançam sortes.

20. Mas tu, Senhor, não fiques longe!
Força minha, apressa-te em socorrer-me!

21. Livra da espada minha alma,
das garras do cão, a minha vida.

22. Salva-me da boca do leão,
e dos chifres dos búfalos, a minha vida!

23. Anunciarei teu nome a meus irmãos,
no meio da assembleia te louvarei:

24. “Vós que temeis o Senhor, louvai-o!
Glorificai-o, toda descendência de Jacó!
Temei-o, toda a descendência de Israel!”

25. Pois ele não desprezou nem rejeitou
a miséria do infeliz.
Não lhe ocultou o rosto,
mas o escutou quando clamou por ele.

26. De ti vem o meu louvor na grande assembleia.
Cumprirei meus votos diante dos que te temem.

27. Os pobres comerão e se saciarão,
louvarão o Senhor os que o buscam:
“Viva para sempre o seu coração!”

28. Hão de lembrar-se do Senhor e voltar-se para ele
todos os confins da terra;
diante dele se prostrarão
todas as famílias das nações.

29. Pois ao Senhor pertence o reino,
e ele domina as nações.

30. Diante dele se prostrarão todos os grandes da terra,
diante dele se inclinarão todos os que descem ao pó,
aqueles cuja vida está por um fio.

31. Minha descendência o servirá.
Falar-se-á do Senhor à geração futura.

32. Virão anunciar a sua justiça,
ao povo que há de nascer:
“Eis o que o Senhor fez!”